Um testemunho que faz pensar. O presidente polonês Andrzej Duda comparou a doutrinação forçada que vigorou durante o regime comunista com o modo pelo qual as crianças vêm sendo doutrinadas pela teoria do gênero.
No seu entender, esta ideologia “é ainda mais destruidora para o ser humano” que o próprio comunismo.
Afirmação tanto mais corajosa, contundente e carregada de sentido, quanto sabemos como o povo polonês sofreu sob a ditadura comunista, até 1989.
Imposição de uma ideologia nefasta
“Vigorava o bolchevismo. Impunha-se a ideologização das crianças. Em nossos dias, existem também tentativas de nos impor uma ideologia, sobre nós e nossos filhos, de um modo diferente. É totalmente novo, mas pode ser considerado um neobolchevismo”, explicitou o presidente.
Ainda no contexto da campanha eleitoral em vista das eleições presidenciais – das quais posteriormente saiu vencedor – Andrzej Duda se comprometeu a proteger as crianças contra o programa da teoria do gênero.
O Cartão da Família
Sua plataforma de campanha promoveu um “Cartão da Família”, listando suas numerosas ações no âmbito da política em favor da família. Entre os pontos, ressalta uma seção intitulada “Proteção das crianças contra a ideologia LGBT”.
Esta seção promete “o fim da propaganda ideológica LGBT nas instituições públicas” e “o direito dos pais de decidir em qual linha educar seus filhos”.
O texto se apoia sobre a convicção de que “os pais são, antes de quaisquer outros, os responsáveis pela educação sexual de seus filhos”. E exprime seu apoio à “influência decisiva dos genitores sobre a forma e o conteúdo das aulas facultativas nas escolas”.
O “Cartão da Família” propõe igualmente “uma ajuda às famílias que desejem seguir com o ensino domiciliar”, bem como um sustento financeiro às famílias em dificuldade e uma ajuda às pessoas idosas.
Família: elemento crucial para o país
Para Andrzej Duda, a família é um elemento crucial para a Polônia. “A família merece um apoio especial do Estado. É ela que protege e constrói a sociedade”.
“A família polonesa preservou nossos valores, insiste ele. O casamento é uma relação entre homem e mulher, e assim deve permanecer”.
O presidente polonês é também um católico praticante, que não hesita em testemunhar publicamente sua fé. Por exemplo, no início de seu primeiro mandato, em 2015, ele realizou uma peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Czestochowa, venerada como rainha e protetora da Polônia.
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