15 de maio é festa de Nossa Senhora do Poço em San Salvatore Monferrato, Itália. Um milagre que se tornou famoso por Nossa Senhora salvar um soldado que havia sido jogado num poço para morrer!
By Santuário de Madonna del Pozzo – Atrib.: Davide Papalini, CC BY-SA 3.0 https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0, via Wikimedia Commons
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No ano de 1616, a região da cidade de Monferrato se encontrava em disputa entre os duques de Savoia e de Mântua. Como era comum acontecer, cada lado era apoiado por uma poderosa nação e suas tropas; enquanto de um lado, o partido de Savoia tinha o apoio do rei da França, o de Mântua contava com Carlos V, imperador do Sacro Império e rei da Espanha.
Em geral, essas guerras duram vários anos; trazendo graves sequelas a população local, que não raras vezes é vítima de saqueamentos e mortes por parte de alguma das tropas na disputa. É do ódio nascido dessas ciscunstâncias, que vem a acontecer o evento que culminará no milagre de “Madonna del Pozzo”.
Em 15 de maio de 1616, o soldado Martino de Nava encontrava-se em uma companhia de soldados espanhóis que passava pelas colinas de San Salvatore em Monferrato. Martino era um rapaz piedoso e particularmente devoto da Santíssima virgem; ele mantinha sempre consigo um rosário que sua mãe lhe deu em sua partida da Espanha.
Como aquele dia estava excepcionalmente tórrido, alguns soldados foram enviados pela área em busca de poços de água para descendetar o batalhão. Enviado sozinho, Martino aproveitou para iniciar seu costumeiro rosário enquanto caminhava na procura.
O jovem soldado havia caminhado por uns 300 metros, quando encontrou um grande poço de uns 10 metros de profundidade numa área bastante arboridada. Para ele, foi certamente um sinal de graça, pois junto ao poço se encontrava um oratório com uma bela pintura da Santíssima Virgem. Assim, ele se pôs de joelhos e aproveitou para terminar sua oração.
Findo o rosário, quando Martino vai recolher da água com seu balde, ele escuta um farfalhar nas folhas próximas. Ele nota que um homem, um provável fazendeiro da região, o está observando por entre as folhas. Porém, como o desconhecido não estava armado, Martino acreditou que não havia perigo, e resolve proceguir na retirada da água.
Devido a distância do nível do poço, Martino se colocou deitado no chão e estendeu o braço para alcançar a água. Foi neste momento em que o desconhecido aproveitou para atacar o rapaz. Martinho ainda tentou levantar e defender-se, mas já era tarde, estava bastante ferido e perdendo muito sangue rapidamente.
Após uma curta luta, o rapaz caíu quase desmaiado; dando oportunidade para o atacante jogá-lo ao poço e assim esconder seu crime e evitar a vingança dos camaradas. Em contato com a água, Martino se desperta e se agarra a uma raiz; ele pede ajuda, mas o eco de sua voz fica perdido no silêncio.
Olhando para cima, pela abertura do poço, o soldado podia ainda ver o oratório e a imagem de Nossa Senhora. Ele então recorre a Ela, pedindo por socorro. Neste momento, eis que aparece a beira do poço, uma linda senhora segurando um maravilhoso bebê nos braços. Ao mesmo tempo, a água, já avermelhada de seu sangue, começa a subir o nível lentamente, levando o rapaz até o topo do poço.
Martino fica surpreso com o que está acontecendo. A Senhora estende a mão a ele e à criança faz o mesmo. Ele sentesse feliz e seguro na água que não cede mais ao peso de seu corpo. Martino parece estar em êxtase, após olhar para o rosto da mulher, e depois o da criança, ele sai apoiando-se no poço.
O rapaz não tem palavras para agradecer a benfeitora que o ajuda, dando-lhe inclusive o apoio para que este consiga voltar até o acampamento. Assim que ele é avistado, alguns camaradas vão encontrá-lo para ajudá-lo, enquanto a senhora para pouco antes. Martino e os soldados agradecem a gentil salvadora. Enquanto isso, o capitão Giovanni Bravo de Laguna chega com alguns policiais; e, uma vez tendo ouvido o relato de Martino, dá ordens para recompensar à senhora com algumas moedas. No entanto, quando um soldado se aproxima da senhora que havia sido tão boa e caridosa, esta desaparece incrivelmente diante de todos.
Impressionados, os soldados são os primeiros a acreditar no milagre. O capitão, como um bom soldado, após dar a ordem para que os primeiros cuidados sejam empregados em Martino, envia uma patrulha imediatamente aos arredores em busca da Senhora, que obviamente não foi encontrada. Enquanto isso, o rapaz começa a melhorar e responde a um meticuloso interrogatório.
Em pouco tempo, a fama do milagre se espalhou por todo o país e todos queriam saber e ouvir de Martino como o fato prodigioso aconteceu. A “Madonna del Pozzo” (Nossa Senhora do Poço), como se torna conhecida, é o tema de todas as conversas.
Todos os dias, grande multidão de fiéis vai para o lugar do milagre: muitos bebem a água do poço, muitos rezam ajoelhados. Espalham-se também as histórias de graças recebidas, de votos cumpridos, de curas milagrosas.
Dom Giovanni Battista Biglia, bispo local, mandou logo que se recolhecem e se examinassem os depoimentos. Martino confirma, com juramento, o que aconteceu com ele e expõe tudo com uma palavra franca e apaixonada. Após um ano de investigação, em seu decreto de 2 de abril de 1617, o bispo reconhece o fato como prodigíoso, e autoriza a construção de uma capela no local.
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Nossa Senhora do Poço, rogai por nós!
Ivan Rafael de Oliveira
Fontes de Pesquisa: https://
immaculate.one/la-madonna-del-giorno-15-maggio-1616-la-madonna-del-pozzo-s-salvatore-monferrato-alessandria-italia
it.m.wikipedia.org/wiki/Santuario_della_Madonna_del_Pozzo_%28San_Salvatore_Monferrato%29
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