Nossa Senhora das Graças de Cotignac

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Era por volta das 2h da manhã de 3 de novembro de 1637, quando o irmão Fiacre de Sainte-Marguerite, padre dos agostinianos descalços de Paris, estava rezando as ‘matinas’ em seu quarto, quando ouviu o chorro de um bebê. Olhando em volta, eis que lhe aparece diante a Rainha do Céu e da Terra, radiante, sentada em um trono com três coroas no topo. Com os cabelos na altura dos ombros, portando um belo vestido azul estrelado e segurando uma criança chorando nos braços, disse a Virgem: “Não tenha medo. Eu sou a Mãe de Deus, e a criança que você vê é o Delfim (principe herdeiro do trono) que Deus quer dar a França.”

Frei Fiacre correu para contar a seus superiores, e como ele nunca tinha ido a Cotignac, consultou alguns amigos que já haviam feito a peregrinação àquele santuário milagroso e as descrições estavam pefeitamente corretas.

O rei Luis XIII e a rainha Ana d’Austria, sem filhos após 22 anos de casamento, foram informados, mas enquanto aguardavam a aprovação do cardeal, o irmão Fiacre iniciou as três novenas em nome da rainha. Em pouco tempo a rainha já sentia os indícios da gravidez, e a fim de pedir que tudo corra bem e que a criança tão esperada nasça com boa saúde, a 10 de fevereiro de 1638, Luis XIII fez o voto de consagração da França à Santíssima Virgem.

Nove meses após o término da novena, Ana d’Áustria deu à luz ao futuro rei Luís XIV, de quem o Sagrado Coração de Jesus se referirá mais tarde á Santa Margarida Maria Alacoque, “Meu amigo o rei de França”.

Luis XIV foi grato toda a vida Àquela a quem ele atribuiu o milagre de seu nascimento. A festa principal de Nossa Senhora das Graças, em Cotignac, é em 10 de agosto, data da aparição milagrosa no local.

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