18 de dezembro é festa de Nossa Senhora da Graça em Salvador, Bahia. Um dos primeiros milagres da Santíssima Virgem no Brasil!
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No início da colonização do Brasil, vivia aqui na Bahia o casal que deu origem a raça brasileira, foi a união do português Diogo (Chamado o Caramuru) e a princesa indígena Paraguassú (Chamada Catharina).
Por volta de 1540, assim que Diogo soube que uma nau espanhola havia naufragado nas proximidades, correu para resgatar os tripulantes, antes que estes fossem pegos como refeição pelos índios da região (Como acontecerá com o primeiro bispo do Brasil alguns anos depois).
Os espanhóis foram logo resgatados. No entanto, Catharina procurou Diogo extremamente preocupada e contou que lhe aparecia em sonhos uma linda mulher segurando um menino recém-nascido. No sonho, a mulher lhe dizia que, tendo também escapado ao naufrágio, estava agora cativa dos índios; ela lhe pedia para ser trazida para junto de Catharina e dela receber uma nova morada.
Os espanhóis estranharam muito, pois não havia nenhuma mulher no navio. Ainda assim, Catharina insistiu e Caramuru saiu à procura dela. As duas primeiras buscas não deram em nada. Mas, como os sonhos da Paraguaçu não cessavam, ele empreendeu ainda uma terceira expedição. Por fim, Diogo entrou numa oca e encontrou uma imagem de Nossa Senhora que um índio havia achado na praia. Catharina, ao vê-la, a abraçou derramando muitas lágrimas de alegria, pois reconheceu nela a mulher que lhe aparecia nos sonhos.
Pouco depois, uma pequena habitação já servia de capela a imagem da Senhora da Graça. Atualmente, no bairro da Graça, prestigiosa referência da capital baiana, uma bela igreja barroca está construída no local da antiga choça. Na capela se encontra não apenas a linda imagem, mas também o túmulo de Catharina Paraguaçu, que nunca mais se separou de sua amada Senhora da Graça.
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Nossa Senhora da Graça, rogai por nós!
Ivan Rafael de Oliveira
Fontes de Pesquisa:
Frei Agostinho de Santa Maria – Santuário Mariano e História das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora – Tomo IX – Edição de 1722 – Pp. 7 a 15.
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