Todas as vidas humanas importam. Sejam elas indígenas, amarelas, negras, brancas. Pobres ou ricas, saudáveis ou não.
Mas… para que reafirmar o óbvio? Em épocas de desvario como a nossa, o óbvio pode ser um santo remédio. E tem a vantagem de estar sempre ao alcance.
Os recentes conflitos de cunho racial nos Estados Unidos fizeram reacender, pelo mundo, a discussão em torno do problema do racismo. Manifestantes vêm ocupando as ruas não só na América, mas também na Europa e até no Japão.
Todas as vidas importam. E a família também.
Curiosamente, entretanto, a defesa de uma causa nobre parece estar sendo galopada por certas mercadorias de contrabando.
Refiro-me às reivindicações do movimento Black Lives Matter. Sob uma fachada aparentemente louvável, começam a aparecer os fantasmas.
Não é preciso recorrer a fontes “conspiracionistas”. As declarações de princípios publicadas no próprio site do movimento escancaram os seus objetivos:
- abolir o conceito cristão da tradicional família nuclear, a unidade social básica de qualquer sociedade sadia
- abolir a polícia e desmantelar o sistema penitenciário
- estabelecer o transexualismo e deslegitimar a assim chamada ‘heteronormatividade’
- abolir o capitalismo (uma economia livre) e substituí-lo pelo comunismo (uma economia controlada pelo governo)
Como se vê, é difícil encontrar programa mais radical na sanha de destruição da sociedade. Tudo sob a simpática fachada da defesa das vidas negras!
Destruir a família?
No que nos toca mais de perto, o ponto 1 (e também, de forma complementar, o ponto 3) é o que chama mais a atenção.
O Divino Criador estabeleceu, como base da sociedade humana, a família formada a partir da união indissolúvel e monogâmica entre um homem e uma mulher, gerando e educando sua prole como filhos de Deus a caminho do céu e cidadãos responsáveis.
Destruir esse conceito, desmantelar essa unidade resultado da própria natureza das coisas, é atentar contra o próprio Autor da vida. De todas as vidas. Portanto, também das “black lives”.
Isso nos leva a concluir que, ao fim e ao cabo, aquela fachada não passa de fachada. Na realidade, para esses agitadores, “black lives don’t matter”[1]!
Indiferença suspeita
Dois outros pontos nos ajudam a cimentar essa convicção:
- O aborto é o fator número 1 entre os causadores de mortes dos negros norte-americanos. Ora, onde a indignação do BLM? Essas vidas negras não importam?
- Calcula-se que haja atualmente cerca de 9,2 milhões de escravos negros na África, escravizados por seus próprios conterrâneos negros. E o BLM finge não saber. Para eles, talvez essas vidas negras tampouco importem…
O cúmulo do ódio anti-cristão
Para ‘coroar’ essa demonstração do ódio à civilização cristã, vejamos abaixo algumas declarações de um dos ativistas do BLM, publicadas em sua conta oficial do Twitter:
“Sim, eu acho que as estátuas do europeu branco que eles dizem ser Jesus deviam também ser derrubadas. Elas são uma forma de supremacia branca. Sempre foram”.
* * *
“Sim. Todos os afrescos e vitrais de Jesus branco, e de sua mãe europeia, e de seus amigos brancos deviam também vir abaixo. Eles são uma forma grosseira de supremacia branca. Criados como ferramentas de opressão. Propaganda racista”.
Até aí vai o ódio. Não conseguem esconder os fins últimos do movimento. Destruir a própria religião!
Todas as vidas importam. A família também. E, por cima de tudo, nossa santa Religião.
Que Nossa Senhora nos proteja!
[1] Vidas negras não importam – em oposição ao slogan original, “Vidas negras importam”.
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