“Não sou apenas pró-vida. Sou pró-vida eterna”.
Essa foi a declaração da Irmã Deirdre Byrne, POSC[1] durante a última Convenção Nacional Republicana, nos Estados Unidos.
A freira, que no passado chegou a ocupar o posto de coronel no Corpo Médico do Exército Americano, começou seu discurso descrevendo seu recente trabalho com refugiados.
“Todos aqueles refugiados compartilham uma experiência comum. Todos eles foram marginalizados, tidos como insignificantes, sem poder e sem voz.
“Nós tendemos a achar que os marginalizados vivem bem longe de nós, fora de nossas fronteiras. Mas a verdade é que o grupo mais marginalizado do mundo pode ser encontrado aqui, nos Estados Unidos da América”, ela continuou.
“Trata-se dos bebês abortados”.
Nosso Senhor: modelo na luta pró-vida
Irmã Dede, como é conhecida, demonstrou como Nosso Senhor Jesus Cristo foi um modelo, desde quando era apenas um embrião, até sua atuação em defesa da justiça contra o ‘politicamente correto’ da época.
“Não é mera coincidência que Nosso Senhor tenha defendido o que é justo, e no fim tenha sido crucificado por não ser politicamente correto e seguidor da moda”, disse.
“Como seguidores de Cristo, somos chamados a nos levantarmos pela vida contra a moda e o politicamente correto. Devemos lutar contra uma agenda legislativa que defende e até celebra a destruição da vida dentro do útero”.
Uma luta necessária
Ela combinou suas funções de líder espiritual e de médica para dar um passo além em sua mensagem profundamente pró-vida, humanitária e escancaradamente cristã.
“Tenhamos sempre em mente que as leis que criamos definem como nos consideramos enquanto humanidade”.
“Precisamos nos perguntar: o que queremos dizer quanto invadimos o ventre de uma mãe e eliminamos uma vida inocente e indefesa?”, continuou.
“Como médica, posso dizer sem hesitar: ‘A vida começa na concepção’. Para alguns pode ser difícil escutar isso, mas o digo porque não sou apenas pró-vida; sou pró-vida eterna. Quero que todos nós acabemos no céu, juntos, algum dia”.
Pró-vida e pró-vida eterna
Uma entre sete irmãos, Deirdre Byrne estudou medicina na Universidade de Georgetown, e logo se engajou no Exército. Seu serviço, que incluiu tarefas tanto de clínica médica quanto de cirurgia, durou 29 anos.
Em 1997, durante a visita de Madre Teresa ao EUA, ela foi designada como médica pessoal da ilustre visitante.
Durante os ataques de 11 de setembro de 2001 no Pentágono, atuou nas equipes de emergência.
Convencida de que Deus a chamava para a vida religiosa, Byrne pronunciou seus votos temporários em 2004, na congregação das Pequenas Operárias dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que mantém um serviço médico.
Continuou a servir no exército, com missões inclusive no Afeganistão, até aposentar-se em 2009, a pedido da congregação.
Um poderoso revigorante
O luto triplo que se abateu sobre nós neste mês de agosto de 2020 tendia a nos acabrunhar. E a nos deter em nossa luta contra o aborto.
Mas a notícia desse discurso chega em boa hora para nos reanimar. Pois demonstra que, no país que hoje dita muitos dos rumos que o mundo hoje segue, há uma forte tendência no caminho dos bons princípios.
Rezemos para que a vitória desses princípios vá se consolidando no mundo inteiro. E que isso prepare o triunfo prometido por Nossa Senhora em Fátima:
“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”
[1] P.O.S.C: Piccole Operaie dei Sacri Cuori – Pequenas Operárias dos Sagrados Corações.
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