Família, juventude e ONU: cordeiros nas garras do lobo

Família, juventude e ONU: cordeiros nas garras do lobo
ONU
Família, juventude e ONU: cordeiros nas garras do lobo
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A família e a juventude, com relação à ONU, estão como cordeiros nas garras do lobo.

Infelizmente, isso não é novidade para ninguém. A ONU tem se tornado um lobby internacional antifamília.

Sempre que os noticiários se referem à ação da entidade em temas relativos à família, é para nos trazer más notícias.

Itens tais como

  • avanços na liberalização do aborto
  • aprovação do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo
  • proliferação da educação sexual precoce
  • imposição da ideologia de gênero
  • retirada do direito dos pais sobre a educação dos filhos

têm “cadeira cativa” na agenda da organização.

Invariavelmente, nos relatórios finais de seus congressos, ela emite pareceres e ditames impositivos aos países-membros, no sentido de aderirem a essa agenda maléfica.

Com isso, fixa-se a moldura do “politicamente correto” a ser seguido. E fica definida a partitura do concerto a ser tocado pelas tubas da mídia.

Novas garras contra os cordeiros

Como se tudo isso não bastasse, mais uma ameaça surge no horizonte.

Em recente nomeação para um mandato de seis anos, a médica ativista sul-africana Tlaleng Mofokeng foi escolhida como especialista máxima em saúde e direitos humanos.

O site pró-família C-Fam esclarece o papel de tal cargo:

Nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos com sede em Genebra, os relatores especiais são independentes dos Estados Membros das Nações Unidas e exercem uma influência considerável no modo de interpretar as obrigações em matéria de direitos humanos dentro da burocracia da ONU.

Ora, qual o currículo dessa ativista?

  • Em sua atividade médica, por mais de uma década ofereceu serviços de aborto
  • É autora do livro “Dra. T: um guia para a saúde e o prazer sexual”.
  • É apresentadora do programa “Bate-papo sobre sexo, com a Dra. T”
  • Publicou, em abril de 2019, um artigo na revista Teen Vogue com o título “Por que o ‘trabalho do sexo’ é verdadeiro trabalho”.

Até a publicação de tal artigo, ela era uma ‘mera’ ativista. Agora, um ano depois, foi promovida à posição de relatora especial das Nações Unidas sobre o direito à saúde.

A partir de tal posto, ela levará a cabo sua campanha de legalização da prostituição a nível mundial!

Vejam-se algumas amostras de seu pensamento (reduzidas de propósito, para evitar espalhar o veneno):

Creio que o trabalho do sexo e os diretos [das prostitutas] são também direitos da mulher, direitos sanitários e direitos laborais, e constituem a prova de fogo do feminismo transversal.

[…]

A ideia de comprar a intimidade e pagar por esses serviços pode ser positiva para muitos indivíduos necessitados de apoio emocional. Algumas pessoas podem satisfazer certas fantasias e preferências escabrosas graças aos serviços dessas trabalhadoras.

Reações contra o lobo

Os grupos de luta contra a exploração sexual vêm reagindo com força.

A ideia de que legalizar ou despenalizar a prostituição reduziria seus danos é um mito persistente”, afirmou Deidre Pujols, fundadora de Open Gate International.

Muitos afirmam que, se o comércio sexual fosse legal, regulado e tratado como qualquer outra profissão, seria mais seguro.

Porém, as investigações sugerem o contrário. Os países que legalizaram ou despenalizaram tal comércio costumam experimentar um aumento do tráfico de seres humanos, do rufianismo e de outros delitos vinculados”, asseverou Pujols.

Os ‘clientes’ da prostituição não enxergam as mulheres como pessoas dignas de respeito, mas como objetos infra-humanos descartáveis”, disse Haley McNamara, do ICOSE[1].

E Helen Taylor, diretora da organização Exodus Cry, afirmou: “As Nações Unidas deveriam ser o último lugar onde se defendesse a legalização dos traficantes de pessoas e se apoiasse os consumidores que alimentam essa demanda”.

Objetivo: destruição da família e da juventude

Bem se vê qual o objetivo desse lobby demoníaco. Trata-se de destruir pela base as condições de existência da família.

Não há dúvida de que a prostituição é uma chaga que atinge a humanidade desde os primórdios.

Porém, com a cristianização das sociedades, tal chaga foi sendo circunscrita. A vergonha e o desprezo foram baixando sobre seus atores.

Com a decadência moral que presenciamos, já deplorada pela Santíssima Virgem em Fátima, essa chaga vem se afirmando à luz do dia. Do estado de desonra, pretende agora assumir o status de normalidade, preparando sua futura aclamação como virtude.

Ora, se isso for aceito, a prostituição irá permeando mais e mais a sociedade. Passará, aos poucos, a ser vista como um emprego legítimo entre muitos.

O que isso poderá significar de rebaixamento, degradação e animalização da sociedade? Poderemos ainda falar em ‘sociedade humana’?

Ou teremos atingido o vil estágio de gado selvático?

ONU: de pastor a lobo

A Organização das Nações Unidas foi constituída após a II Guerra Mundial, como esforço das nações pela implantação da paz.

Em princípio, o objetivo era que ela fosse uma instância internacional que garantisse a paz.

Entretanto, o projeto pecou já pela base. Os princípios da moral foram deixados de lado, substituídos por um humanismo naturalista despojado dos fundamentos da verdadeira religião.

O resultado não podia ser outro. De pastor, a entidade foi se transformando em lobo. E agora afia mais um par de garras para terminar de eliminar a família.

A verdadeira paz

A paz verdadeira, como ensina Santo Agostinho, só pode provir da ordem. Em sua definição, “paz é a tranquilidade da ordem”. Ordem, por sua vez, é a disposição das coisas segundo seu fim próprio, conforme a devida escala de valores.

Ora, a ordem posta por Deus na natureza pressupõe a família como célula-mãe da sociedade.

E família não é outra coisa senão a união entre um homem e uma mulher, por um vínculo sacramental indissolúvel, com o objetivo primeiro da perpetuação da espécie humana e educação da prole, e também para apoio mútuo do casal.

Com essa união assim definida, cria-se o ambiente propício para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros. E particularmente das crianças.

A desconsideração dessa ordem querida por Deus só pode trazer a des-ordem. E, por consequência, a negação da paz.

A ONU se presta a perseguir dessa forma a família. E assume, assim, não mais o papel de árbitro da paz, mas de destruidor desta. Ela se volta contra seu próprio objetivo.

Que a Virgem de Fátima proteja a família dessa investida, e apresse seu triunfo, com o consequente tempo de paz prometido por Ela.


[1] Centro Internacional sobre a Exploração Sexual, na sigla em inglês.

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