Afirmam o Cardeal Barônio e São Gregório de Nyssa que no ano 590, Roma foi terrivelmente assolada pela peste, a ponto de chegar a temer-se que a cidade eterna ficaria convertida em um imenso sepulcro. O mesmo pontífice Pelágio II tendo sido vítima de tal epidemia e esgotados todos os recursos humanos para conter tantos estragos, o Papa sucessor, São Gregário Magno, ordenou que todo o clero e povo se dirigissem em procissão à Basílica de Santa Maria Maior, passando por todas as ruas da cidade com uma imagem de Nossa Senhora pintada por São Lucas (Salus Populi Romani). Tão tremenda era a epidemia que oitenta pessoas morreram na procissão.
Por fim, Deus moveu-se a piedade: antes de concluir-se aquela procissão, viu-se um Anjo, na torre Adriana, em forma corporal, que embainhava uma espada ensanguentada e a peste cessou no ato.
Desde então essa torre passou a chamar-se Castelo de Santo Anjo, Castelo de Sant’Angelo. Naquela mesma hora ouviu-se nos ares um canto celestial do Regina Coeli: Alegra-te, Rainha do Céu, porque, segundo o prometido, há ressuscitado Aquele a quem tiveste a dita de trazer em teu seio. Aleluia!
(LEITURAS CATOLICAS, Pe. C. Ortuzar, SJ – Escola Tipográfica Salesiana, Niterói, RJ. – 1a edição, 1906, Vol. II, pp. 188 -190)
Deixe um comentário